Quem é este abissínio, que foi antes escravo e depois se tornou líder, com a sua conversão ao Islam?
Vamos ouvir a sua história como escrita por Khálid Mohammad Khálid (que Deus tenha misericórdia dele). Ele disse:
É Bilal Ibn Rabah, o primeiro muézzin no Islam, a chamada para a verdade. É Bilal, o destruidor dos ídolos. É Bilal, e quem não conhece Bilal, que apaziguou os corações e os sentimentos dos muçulmanos em todos os cantos do mundo. É um dos grandes milagres do Islam. De cada dez muçulmanos, desde que o Islam começou até hoje, e até quando Deus quiser, ao nos encontraramos com eles, pelo menos, sete conhecem Bilal. Isto significa que existem centenas de milhões de pessoas ao longo dos séculos e das gerações que conhecem Bilal, e memorizam o seu nome, conhecem o seu papel, assim como conhecem os maiores sucessores no Islam: Abu Bakr e Ômar... ! Se você perguntar uma criança que ainda está em sua infância, nos primeiros anos de seus estudos, no Egito ou no Paquistão, na Malásia, na China. Nas Américas, na Europa e na Rússia. No Iraque, na Síria, no Irã e no Sudão. Na Tunísia, em Marrocos e na Argélia. Nas profundezas da África, e sobre as colinas da Ásia. Em todos os cantos da terra habitada por muçulmanos, você pode perguntar a qualquer criança muçulmana: quem é Bilal? Ela responde: ele o muezzin do Profeta. Era um escravo a quem o seu amo o punia, colocando pedras pesadas, muito quentes para demovê-lo a negar a sua religião, ele dizia: "Ahad. Ahad." (Único... Único)

Quando você percebe essa imortalidade concedida pelo Islam a Bilal, fique sabendo que Bilal não era, antes do islão, além de um escravo etíope, que pastoreava os camelos de seu amo em pagamento de um punhado de tâmaras, para morrer e ser fadado às profundezas do esquecimento.
Toutefois, la véracité de sa foi et la grandeur de la religion qu’il a embrassée l’ont placé durant sa vie et dans l’histoire à un rang très élevé au sein de l’islam parmi les grands, les nobles et les généreux.
En vérité beaucoup d’élites, d’hommes d’honneurs, de puissants et de riches n’ont pas bénéficié du dixième de la mortalité qu’a bénéficié Bilal cet esclave abyssin. Bien mieux, beaucoup de héros de l’histoire n’ont pas eu une réputation comparable à une fraction de la réputation de Bilal.
Après avoir choisi l’islam comme religion, sa peau noire, sa modeste descendance et généalogie et le mépris qu’il inspirait aux hommes en tant qu’esclave ne l’ont pas privé d’avoir un noble statut, fruit de sa sincérité, sa conviction, sa pureté et son abnégation.

As pessoas pensavam que tal escravo como Bilal, de origem estrangeira, não tinha poder, e nem tinha nada em sua vida além de ser escravo, propriedade de seu mestre, que saia de manhã e voltava à noite com o gado e as ovelhas de seu mestre.
Eles pensaram que tal indivíduo, não podia representar algo imporante. Mas, para a surpresa, ele contradisse esses pensamentos. Ele tinha um poder de crença (no Islam) que ninguém mais do que ele poderia ter. Em seguida, foi o primeiro muézzin (que faz a chamada para as orações) do Mensageiro de Deus e do Islam, um trabalho que todos os chefes e grandes pessoas de Coraix que abraçaram o Islam e seguiram o Mensageiro de Deus almejavam.
É Bilal Ibn Rabah!
Que tipo de heroísmo e grandeza expressam essas três palavras: Bilal Ibn Rabah?!

Ele não era mais que um escravo etíope de uma mãe negra, de nome Hamama, cujo destino o levou a ser um escravo de Umaiya Ibn Khalaf de Jomah em Makka. Sua mãe era também uma das suas escravas.

Ele viveu na escravidão, levando uma vida miserável. Sem direitos e nem uma esperança no seu futuro.

As notícias sobre Mohammad começaram a chegar a seus ouvidos, quando as pessoas começaram a transmiti-la, e quando ele começou a prestar atenção às conversas de seu mestre e seus convidados, em particular, Umaiya Ibn Khalaf, o ancião de Jomah, a tribo de cujos escravos, Bilal era um deles. Muito frequentemente, Bilal ouvia o seu mestre Umaiya Ibn Khalaf, ao falar com seus amigos, ou com alguns de seus membros da tribo acerca do Mensageiro de Deus, uma conversa repleta de raiva, ira e maldade.
Mas, os ouvidos de Bilal captavam, dentre as palavras de tão louca raiva, as boas características que lhe ilustravam esta nova religião. Sentia-se que essas características não estavam familiarizadas com o ambiente em que vivia. Seus ouvidos costumavam também captar a partir da fala ameaçadora o reconhecimento da honra, veracidade e honestidade de Mohammad.
Sim, ele costumava ouvi-los afirmando seu espanto e confusão a respeito do que Mohammad trouxe. Eles diziam um ao outro: "Mohammad não tem sido nem mentiroso, nem mágico, nem louco, embora seja inevitável descrevê-lo com tudo isso a fim de evitar que as pessoas se apressassem em acreditar em sua religião".

Bilal ouviu falar sobre sua masculinidade, honestidade, boas maneiras, lealdade, imparcialidade e equilíbrio mental. Ele também os ouviu sussurrando sobre as razões que os levavam a desafiá-lo, ou seja, a sua lealdade para com a religião dos seus antepassados, em primeiro lugar, e seu medo da perda da glória de Coraix que lhes dava a posição religiosa altamente respeitada como a capital da adoração em todas as partes da península árabe. Em terceiro lugar, o ressentimento da tribo Banu Háchim, de surgir um Profeta e um mensageiro do meio deles.
Um dia, Bilal Ibn Rabah viu a luz de Deus, e ouviu, dentro da profundidade de sua boa alma o eco de sua voz. Ele foi ter com o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz ) e abraçou o Islam. Assim que a notícia de sua conversão ao Islam se espalhou, a terra girou com a cabeça de seus mestres de Jomah, ou seja, aquelas cabeças que estavam cheias de arrogância e intoxicadas pela ilusão. Na verdade, a pressão dos demônios da terra invadiu o peito de Umaiya Ibn Khalaf, que sentiu a conversão ao Islam de um escravo seu, como uma grande vergonha e ignomínia para todos. O seu escravo etíope abraçar o islão e seguir Mohammad!?
Umaiya disse para si mesmo: "Não se preocupe, o sol não irá se pôr hoje sem que a crença deste escravo se ponha com ele!".
Mas, pelo contrário, o sol não fez desaparecer a fé de Bilal no islão, mas, fez desaparecer todos os ídolos e todos os protetores da idolatria.
Quanto ao Bilal, não constituiu apenas uma posição de honrou para o Islam, embora o Islam seja mais digno dessa honra, mas também foi honra para toda a humanidade.

Na verdade, ele resistiu perante diferentes tipos de torta tão poderosamente quanto as grandes pessoas piedosas, parece que Deus fez dele um bom exemplo para todas as pessoas do fato de que a escuridão da pele, além da escravidão não desonra a grandeza do espírito, particularmente se ele encontra a sua verdadeira crença, agindo de acordo com o seu Criador, e se apegando ao seu direito.
Bilal deixou uma lição prática às pessoas daquela época, a todos os lugares, na sua e em qualquer outra religião; lição que revela que a liberdade de consciência e sua soberania não se vendem a preço de todo o ouro da terra, nem por todo tipo de tormento

No início, da missão islâmica, sete pessoas declararam sua conversão ao Islam: O Mensageiro de Deus. Abu Bakr, ‘Ammar e sua mãe Sumaia, Suhaib, Bilal e o Micdad. Quanto ao Mensageiro de Deus, foi protegido por seu tio Abu Tálib que o defendeu. Quanto a Abu Bakr, foi protegido pelo seu povo. O resto foi levado pelos politeístas, vestiram-nos com armaduras de ferro e os expuseram ao sol. Todos atenderam o que lhes foi pedido, menos Bilal, ficou envergonhado perante Deus. Foi levado e entregue às crianças que o arrastavam nas ruas de Makka, e ele dizendo, Ahad, Ahad (Deus Único, Deus Único).
Foi colocado nú sobre brasas para se arrepender e abandonar o Islam ou fraudar e enganar, mas ele se negou a fazê-lo.

O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) transformou este escravo etíope invulnerável num mestre para toda a humanidade na arte de respeitar a consciência e na proteção de sua liberdade e liderança.
Eles o levavam depois de meio-dia, quando o deserto se tornava mortalmente quente. Estendiam-no sobre pedrinhas muito quentes, estando ele nu, então pegavam uma grande pedra quente, que precisava de algumas pessoas para carregála, e a colocavam sobre seu peito.
Essa tortura selvagem era praticada diariamente, até que alguns corações de alguns de seus flageladores se emocionaram pela gravidade da tortura e o libertaram, com a condição de ele falar bem de seus deuses, para conservar sua hegemonia. Os coraixitas nunca reconheceram que foram mal sucedidos perante a tenacidade de seu escravo.

Porém, mesmo essa única palavra fútil, que ele podia pronunciar sem convicção e adquirir com ela a sua vida, sem que perdesse a sua fé e abandonasse a sua crença, rejeitou pronunciá-la.
Sim, ele rejeitou pronunciá-la, e repetia: Ahad, Ahad.
Deziam-lhe: repete o que dizemos.
Ele respondia com escârneo: Minha língua não sabe repeti-lo.
Bilal permanecia nessa alta temperatura e a pedra sobre o peito até a aproximação do crepúsculo. Eles o erguiam, colocavamlhe uma corda no pescoço e ordenavam as crianças de percorrerem com ele nas ruas e montanhas de Makka. E Bilal nunca pronunciou alguma palavra além de Ahad, Ahad.
Quando fosse a noite, orientavam-no o seguinte: Amanhã preste boas palavras aos nossos deuses, dizendo, meu deus é Lat e Uzza para seja livre. Estamos cansados de torturá-lo, parece que nós é que estamos sendo torturados.
Ele balançava a cabeça e dizia: Ahad, Ahad.
Umaiya Ibn Khalaf o golpeou, com muita raiva, gritando: “Que mal lhe fizemos, ó escravo negro? Pelo Lat e Uzza vou transformar você num exemplo para os escravos”. Bilal responde com a convicção do crente: Ahad, Ahad.
Os que seus encarregados dialogavam com ele, fingindo que estavam com compaixão dele, dizendo:
Deixe para lá, ó Umaiya. Pelo Lat, não será torturado depois de hoje. Bilal é de nós e sua mãe é nossa serva. Ele não aceita, com a sua conversão ao islão, que sejamos objeto de escarneio dos coraixitas.
Bilal olha seriamente no rosto do mentiroso e falso, sorrindo, com seus dentes aparecendo como a luz da manhã, e pronuncia calmamente e de uma forma tremenda: Ahad, Ahad.
O meio dia se aproxima e Bilal é levado para os locais quentes, estando ele paciente, com confiança, inabalável. Abu Bakr foi ter com eles, enquanto torturavam-no. Abu Bakr lamentou dizendo: “Vocês não temem a Deus? Vocês querem matar um homem por afirmar que, Deus é o meu Senhor?” Até quando?
Umaiya disse: “Você o corrompeu, portanto salva-o com o que você achar conveniente.”
Abu Bakr disse, gritando: “Pegue mais que o seu preço e liberte-o”.
Parecia que Umaiya estava se afundando e foi salvo pelo barco da salvação.
Ele se alegrou quando ouviu Abu Bakr oferecendo-lhe o preço de libertação, pois estava muito desesperado de convencer Bilal, porém, como Umaiya era comerciante, concluiu que vendê-lo é mais lucrativo do que matá-lo.
Vendeu-o ao Abu Bakr, que o libertou imediatamente e colocou Bilal entre os homens livres.
Quando Abu Bakr, segurando o braço de Bilal, estava indo embora, levando-o para a liberdade, Umaiya lhe disse: "Pelo Lat e pelo Uzza, se você quisesse comprá-lo por apenas uma onça, eu o venderia!"
Abu Bakr pensou naquelas palavras que tinham tanto amargor de desprezo e de frustração, e preferiu não lhe responder.
Mas por Umaiya ter desonrado àquele que passou a ser irmão de Abu Bakr, respondeu a Umaiya: “Por Deus, se você se recusasse a vendê-lo, a não ser por cem Onças, eu teria pago.”
Abu Bakr foi com seu companheiro ter com o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), para dar-lhe as boas novas de sua alforria. No entanto, foi motivo de muita alegria para todos os muçulmanos.

Os muçulmanos que acreditaram no Mensageiro sofreram muita injúria dos coraixitas de Makka. Por isso, o Mensageiro ordenou-os que migrassem para Madina, onde ficariam seguros, longe dos danos dos politeístas coraixitas.
Após a estabelização do Mensageiro de Deus e dos muçulmanos em Madina, o Mensageiro de Deus instituiu a Chamada para a oração (Azan). Quem, então, seria o muézzin (chamador) para as cinco orações diárias, cuja voz iria ser entoada através do horizonte, com as magnificações e Engrandecimentos? Seria e foi então o Bilal, que gritou durante treze anos, sob a pressão da tortura destrutiva: "Ahad, Ahad (Deus é Único, Deus é Único)".

O Mensageiro de Deus o escolheu para ser o primeiro Muézzen do Islam. Com a sua voz melodiosa, emocionante, que encheu os corações com a crença, e os ouvidos com as maravilhas, ao chamar:

"Alá é Maior, Allah é Maior, Allah é Maior, Allah é Maior. Presto testemunho que não há outra divindade além de Allah! Presto testemunho que não há outra divindade além de Allah! Presto testemunho que Mohammad é o mensageiro de Allah. Presto testemunho que Mohammad é o mensageiro de Allah. Vinde para a oração! Vinde para a oração! Vinde para o sucesso! Vinde para o sucesso! Allah é Maior! Allah é Maior! Não há outra divindade além de Allah!".


Porém, os politeístas coraixitas não ficaram sossegados, vendo a nova religião crescendo e o número de seus adeptos aumentando. Então, a guerra entre os muçulmanos e o exército coraixita, que veio invadir a Madina, eclodiu.
Foi uma guerra violenta e feroz. Bilal participou da primeira expedição do Islam, a Expedição de Badr, em que o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) colocou o lema de: “Ahad, Ahad.” Nesta batalha, a Coraix preparou os seus melhores filhos, bem como os seus nobres e chefes que saíram para combater os muçulmanos.
Umaiya Ibn Khalaf, anteriormente, amo de Bilal, costumava torturá-lo brutalmente, não queria participar.A sua intenção era permanecer se não fosse o seu amigo ‘Uqba Ibn Abu Mu'it. Quando este soube que Umaiya não queria participar da expedição, foi ter com ele, levando na mão um incensário. Ele o encontrou sentado com seus amigos. Deu-lhe o incensário, dizendo: "Ó Abu ‘Ali! Coloque incenso nesse, pois você se tornou uma das mulheres". Umaiya gritou dizendo: "Que Allah o desfigure, e com o que você veio.” Assim, ele não teve nenhuma maneira de escapar de não ir a guerra com os (pagãos) invasores.
‘Uqba Ibn Abu Mu'it foi o maior incentivador de Umaiya para torturar Bilal e outros oprimidos muçulmanos.Hoje, é ele que o levou a sair para a batalha de Badr, onde ele mesmo seria morto, como será a morte de ‘Uqba.
Na verdade, Umaiya era daqueles que se negou de tomar parte da guerra. Mas, por insistência de ‘Uqba, teve que participar. O decreto de Allah deve ser concluído. Umaiya vai à guerra, pois havia uma conta antiga entre ele e um dos servos de Allah, e chegou a hora de ser acertada. De fato, o credor nunca morre; e como você se torna credor (por algum tempo), você também se tornaria devedor (por algum tempo).
‘Uqba Ibn Abu Mu'it, cujo Umaiya escutava e executava suas orientações em torturar os fiéis inocentes, foi o mesmo, que levou Umaiya a ser morto,Pela mão de quem? Pela própria mão de Bilal. Somente de Bilal.
A mesma mão, que tinha sido presa pelas correntes de Umaiya, e tinha sido espancada e torturada por seu dono; a mesma mão que estava lutando na batalha de Badr, tendo um compromisso bem definido pelo destino, com o torturador coraixita (Umaiya), que humilhou os crentes opressivamente. E desta forma o fato aconteceu.
Quando a luta começou entre as duas partes, a terra tremeu com o slogan dos muçulmanos: "Ahad, Ahad (Allah é Único, Único)", o coração de Umaiya perdeu o ânimo.A palavra que era repetida, ontem, por um escravo, sob a pressão da feroz tortura, tornou-se agora um slogan de toda a religião e de toda a nova nação:Ahad, Ahad.
Assim, com essa velocidade, com esse fabuloso desenvolvimento. As espadas se chocaram, e a guerra irrompeu. Enquanto a guerra estava chegando ao fim, Umaiya Ibn Khalaf viu Abdurahman Ibn Auf, companheiro do Mensageiro de Allah, a quem ele pediu proteção. Ele se ofereceu para ser seu prisioneiro, desde que pudesse salvá-lo da morte. Abdurahman aceitou a oferta, e o protegeu. Acompanhou-o no meio do campo de batalha, para o lugar de cativos.No caminho, Bilal o viu e gritou:"Ó cabeça de incredulidade, Umaiya Ibn Khalaf, não serei salvo se ele sobreviver!"
Ele levantou a espada para cortar a sua cabeça que, no passado, estava cheio de arrogância e orgulho, mas Abdurahman Ibn Auf gritou: "Ó Bilal Ele é meu prisioneiro!"Ele é prisioneiro, enquanto a guerra ainda estava em chamas, um prisioneiro cuja espada estava, há pouco, pingando sangue, como resultado de golpear os corpos de muçulmanos durante a guerra.
Na verdade, isso foi, na opinião de Bilal, uma gozação às mentes. Umaiya riu e zombou (dos muçulmanos) o suficiente.Ele ridicularizou tanto em que não deixou nada para guardar para um dia, como este, nesta angústia, e neste destino.

Bilal viu que ele sozinho não seria capaz de invadir o direito da proteção dada por seu irmão na religião de Allah, Abdurahman Ibn Auf a Umaiya Ibn Khalaf. Bilal gritou com todas as forças para os muçulmanos: "Ó aliados de Deus! Esta é a cabeça de incredulidade, Umaiya Ibn Khalaf! Não serei salvo se ele sobreviver". Um grupo de muçulmanos surgiu, tendo as espadas pingando a morte. Eles cercaram Umaiya e seu filho, que estava lutando ao lado dos coraixitas. Abdurahman Ibn Auf não conseguiu fazer nada (para salvar seu cativo). Ele até nada pode fazer para proteger suas armaduras que foram dispersas pelas multidões.
Bilal olhou longamente para o corpo morto de Umaiya, que caiu por terra em virtude das espadas marcantes. Então ele correu apressadamente gritando: “Ahad, Ahad.”
Pensamos que não temos o direito de procurar a boa qualidade da tolerância em relação à Bilal em tal situação.Se o encontro de Bilal com Umaiya, fosse em circunstâncias diferentes, então seria possível para nós perguntar-lhe sobre o direito de tolerância. E nenhum homem, com sua piedade e fidelidade em sua crença como Bilal, com certeza, seria uma pessoa tolerante. Mas, o encontro entre eles foi durante uma guerra, na qual, cada parte veio para matar seu oponente.
Enquanto as espadas foram bruxaleantes, os mortos caindo, e a morte estava saltitando de todos os lugares, Bilal viu Umaiya, que não havia deixado nenhuma parte em seu corpo, mesmo tão pequena quanto a ponta dos dedos, sem deixar o efeito de tormento sobre ela.
Além disso, quando e onde Bilal se cruza com ele?
Cruza-se com ele no campo de batalha, enquanto Umaiya estava colhendo com a espada, qualquer cabeça de muçulmano que pudesse conseguir. Se ele alcançasse a cabeça do próprio Bilal, certamente iria cortá-la.Em tais circunstâncias, quando dois homens se enfrentam, não seria razoável perguntar a Bilal por que não mostrou o perdão misericordioso?
O tempo passa, e Makka foi conquistada.O Mensageiro de Deus entrou nela agradecido, entoando Allah é Maior, liderando dez mil muçulmanos.Ele foi diretamente para a Caaba, o local sagrado, que os coraixitas encheram de ídolos, iguais em número aos dias do ano.“Chegou a Verdade, e a falsidade desapareceu, porque a falsidade é pouco durável”.
Daí em diante, não haveria nem Lati nem Uzza, nem Hubal. De agora em diante, o homem não vai mais curvar a cabeça para uma pedra nem para um ídolo. Todas as pessoas não irão adorar com todas as suas consciências, senão a Deus Quem não tem semelhante, o Único e Único, o Grande, o Supremo.

O Mensageiro entrou na Caaba, acompanhando por Bilal. Assim que entrou, viu uma estátua esculpida, representando a imagem do Profeta Abraão (a paz esteja com ele), tirando a sorte com as setas de divisão. O Mensageiro de Deus ficou irritado e disse:

"Que Deus os amaldiçoe! Pois o nosso patriarca nunca tirou a sorte com setas. ‘Abraão jamais foi judeu nem cristão; foi, igualmente, monoteísta, muçulmano, e nunca se contou entre os idólatras.’”. ( Alcorão Sagrado, 3:67. )

Ele ordenou Bilal para subir no teto da Caaba e fizesse o Azan (anunciar o chamado para a oração). Bilal fez o chamado, tão maravilhoso é o tempo, como o local e a ocasião!
Tudo em Makka se manteve em silêncio e imóvel. Milhares de muçulmanos estavam tão quietos e calmos como a brisa, repetindo submissamente após Bilal as palavras da chamada.O Profeta fez um discurso para o povo de Makka, dizendo: "Ó comunidade de Coraix, Allah removeu de vocês a arrogância e o orgulho quanto à ascendência de um dos períodos préislâmico da ignorância. Vocês todos descendem de Adão, e ele foi criado da terra."

Abdullah Ibn Ômar (que Deus esteja satisfeito com ambos) relatou que o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) discursou para as pessoas no dia da conquista de Makka. E disse:

“Ó gente, Allah removeu de vocês a arrogância e o orgulho da época da ignorância pré-islamica. Os seres humanos são de dois tipos: um é piedoso, generoso para com Allah, Glorificado e Exaltado Seja, e outro imoral, desgraçado e avarento para com Allah, Glorificado e Exaltado Seja. Todas as pessoas descendem de Adão, e este foi criado da terra. Allah, Exaltado Seja, diz: “Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Allah, é o mais temente. Sabei que Allah é Sapientíssimo e está bem inteirado.” ( Alcorão Sagrado, 49:13. )

Relata-se que ele disse no final de seu discurso: “Ó povo de Makka, o que pensam que vou fazer com vocês?”Responderam: “Você é irmão nobre e filho de irmão nobre. Esperamos nada além de sua bondade.” Ele disse: “Podem ir. Estão livres.”
Enquanto os incrédulos em suas casas, quase não acreditavam. Eles se perguntavam: “É este Mohammad e seus seguidores pobres que foram expulsos de Makka, no passado”? É verdadeiramente este Mohammad que combatemos e expulsamos e matamos as pessoas mais queridas dele?
É ele de verdade que estava se dirigindo a nós, estando nossas vidas em suas mãos, que está nos dizendo: “Podem ir. Estão livres”.
Bilal viveu na companhia do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), participando com ele nos campos de batalha, entoando o Azan (a chamada para as orações), vivificando e protegendo os cultos desta grande religião, que o fez sair das trevas para a luz (do Islam), da escravidão para a liberdade.
A importância do Islam cresceu junto com a importância dos muçulmanos. Todos os dias, Bilal foi ficando cada vez mais próximo do coração do Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), a quem ele anunciou que seria uma das pessoas do Paraíso.

Bilal, porém, permaneceu como era, a pessoa generosa e humilde. Via-se não mais do que um etíope que era, há algum tempo, apenas um escravo.

Ó Bilal, você não é mais escravo. Tornou-se, à sombra do Islam líder. Não foi Ômar Ibn Al Khattab, o segundo califa dos muçulmanos, que disse a seu respeito, quando foi alforriado: “Abu Bakr, nosso líder, alforriou o nosso líder.”

Quando o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) faleceu e foi ter com o Mais Alto Companheiro, satisfeito, e os muçulmanos nomearam Abu Bakr Assidik como Califa, Bilal foi ter com ele e lhe pediu: “Ó Califa dos muçulmanos, o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), disse:

“Guardar as fronteiras de um Estado islâmico por um dia e uma noite é melhor do que jejuar por um mês, ou orar à noite; e se alguém morrer (enquanto guarda as fronteiras), o trabalho que estava fazendo terá continuidade, do mesmo modo com que sua subsistência será mantida, e será protegido contra as provações e os males (do túmulo)”. ( Sahih Musslim)

Abu Bakr perguntou: “O que você deseja, ó Bilal?” Disse: “Desejo guardar fronteiras pela causa de Allah até morrer”. Abu Bakr perguntou: "Então, quem iria anunciar as chamadas para as orações?" Bilal disse, com os olhos cheios de lágrimas: "Eu não vou mais fazer a chamada para a oração a qualquer outra pessoa depois do Mensageiro de Deus". Abu Bakr disse: "Fica aqui e faz o Azan para nós, ó Bilal". Bilal disse: "Se você me alforriou para você mesmo, então eu serei como você quer, e se você me alforriou por causa de Allah, então me deixe estar com Ele a quem você me alforriou". Abu Bakr disse: "Certamente, eu o alforriei por amor a Allah, ó Bilal".
Bilal viajou para a Síria, onde ficou como militante pela causa de Deus.
A última chamada para a oração anunciada por Bilal foi para Ômar quando este estava na Síria. As pessoas recorreram a ele para incitar Bilal para anunciar a chamada mesmo por uma única vez. O Emir dos Crentes convidou Bilal quando o tempo da oração estava prestes, pedindo-lhe para entoar o Azan. Bilal levantou-se e anunciou a chamada para a oração. Os companheiros que conviveram com o Mensageiro de Deus antes de sua morte, quando Bilal costumava fazer o Azan, choraram tanto como nunca choraram antes. Ômar foi o mais pranteador de todos eles.

Bilal morreu na Síria sendo militante, como queria. A sua esposa se lamentava ao seu lado durante a sua enfermidade, dizendo: “Que tristeza!”.
Toda vez que ela dizia isso, ele abria os olhos e dizia: “Que alegria!”. Então ele deu o seu último suspiro dizendo:
“Amanhã vou encontrar os meus queridos, Mohammad e seus companheiros”.
“Amanhã vou encontrar os meus queridos, Mohammad e seus companheiros”.

Com a idade de mais de sessenta anos, foi sepultado na porta pequena no cemitério de Damasco onde se encontra o túmulo de um dos maiores homens, que se ergueram como as altas montanhas, firmes em defesa dos princípios, e se sacrificaram por causa da verdade. Que Deus esteja satisfeito consigo, ó Bilal.